Tem circulado isto na internet:
"A homossexualidade foi encontrada em mais de 450 espécies. A homofobia só em uma. Qual é a antinatural?"
Um amigo associou essa questão a um certo deputado, cujo sobrenome é Bolsonaro. Decidi assim facebookear com meu amigo e disse assim:
As provocações bolsonarossaurianas rsrsrsrrs não passam de um discurso mesozóico que se atualiza porque certos eleitores, acho eu, querem se defender, só isso. Mas defender de quê, né? Defender a multiplicação da espécie, defender princípios morais... No entanto, diversidade, para mim, deve ser entendida como diversidade, até mesmo, de preconceitos. Todo mundo tem os seus. Agora, quando isso se institucionaliza, quando isso se torna perverso, quando isso gera violência física ou simbólica, é realmente preocupante, desumano e atenta contra a vida. Por outro lado, me incomoda a glamourização ou espetacularização da homossexualidade, que parece as vezes figurar como uma imposição forçada e artificial. Saída: educação pela aceitação para abrandamento das oposições. Também não gosto da palavra tolerância, pois pesa na ideia de suportar e não de aceitar. Retirando o sexismo da parada (gay) rsrsrsrs, subjetivamente falando, quem é que aceita todo mundo? Ninguém, ninguém, ninguém. Pensemos nesse embate como aquele jogo de um puxa a corda para um lado e outro puxa para o outro. Se um dos lados solta a corda, consequentemente a outra banda cai no chão. Insuflar o debate, por lenha na fogueira... nada disso ajuda. A condução generosa do debate nas instâncias políticas mais poderosas pode surtir algum efeito. Por enquanto, tratemos de cuidar de nos aceitar, mas não nos acomodar. Isso significa aceitar que estamos sempre em construção, podendo alterar convicções profundas a cada fase. Fundamentalismo não é praia, é cárcere.
sexta-feira, 15 de abril de 2011
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