sexta-feira, 24 de abril de 2009

Revolução dos ventos

Algo aflige
O pânico bateu na porta deste quarto
Assustadoramente se evidencia
Entro ruídos de porta em abre-e-fecha
e sussurros de uma maçaneta irrequieta

Um ventania
invade a fresta
escancara as janelas
dispersa as cinzas
levanta a poeira
e varre os objetos da penteadeira
As cortinas balanceiam
Dançam a valsa do vento
violada por um violino inverídico

Cessam-se os rumores
Apenas uma vela acesa
restante no castiçal
Evapora-se a poeira tesa

O vendaval varreu meu quarto
carregou minha alma
resgatou minha vida
com ares arrumadores de armário

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