sexta-feira, 24 de abril de 2009

Repente

Noite alta
O frio abraçou-me sôfrego
como sôfrego meu medo estava
Anulamo-nos

Como um raio
o limiar de sua luz
reluziu em meu rosto
Em vão atrás do cigarro
e da bebida
me camaleei
Já dizia vo´vó Ernesta
"Tapems os espelhos"

Mesmo mascarado
O clarão descobriu-me
Apesar de mascar
uma perene camuflagem
Pereira...

Despojou minha pele embaraçando as fibras
Tão vite, vite, vite
Desvairou-me a vida, vida, vida

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